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Projeto Despertando a Leitura chega até Ribeirão Preto
Acessibilidade
Publicado em 11/04/2022

A ação tem como objetivo realizar oficinas de leitura acessível para capacitar profissionais de escolas e bibliotecas

Fotografia colorida em plano geral, mostra várias crianças em uma sala ampla. 
Todas usam o uniforme branco da Adevirpi e seguram, à frente do corpo, o quíti de histórias da Turma da Mônica com a personagem Dórinha.

Educandos da ADEVIRP segurando kits da Dorinha e Turma da Mônica (foto: Cleiton Carvalho - YAS)

 

Na última terça-feira, 05, a Adevirp recebeu o projeto Despertando a Leitura, promovido pela jornalista Perla Assunção e que tem como proponente a fundação Dorina Nowill. O dia contou com uma roda de leitura para as crianças e também com uma oficina de leitura acessível para os funcionários da instituição de para convidados do Centro Universitário Barão de Mauá.

O projeto tem como objetivo realizar oficinas de leitura acessível, com foco na pessoa com deficiência visual, para professores do ensino fundamental e bibliotecários de diversas instituições para que haja promoção e estimulo a leitura para todos os públicos.

A jornalista Perla Assunção conta que mesmo com 70 anos de história, a fundação Dorina Nowill, que já produz e encaminha diversos livros em Braille ou livros falados por todo o Brasil há anos, gostaria de fazer algo a mais. “Tínhamos a necessidade de saber como isso [o uso dos livros] se efetivava na prática”, diz.

“Fizemos uma pesquisa em 2012 sobre os hábitos de leitura da pessoa com deficiência visual, e percebemos que os intermediários da leitura tinham muito receio de fazer essa parte de promoção da leitura... não sabiam como promover a leitura para o publico com deficiência visual”, complementa a jornalista.

Ainda de acordo com Perla. a pesquisa também mostrou que havia uma certa passividade dos lugares ou pessoas que recebiam os livros da fundação Dorina. “Os livros eram recebidos, mas não havia um trabalho de formação leitora com o público alvo”, concluí.

Fotografia em plano geral, apresenta os participantes do treinamento em uma sala ampla com paredes e chão claros. 
Todos estão em pé, um ao lado do outro, usam máscaras e olham para frente.

Colaboradores da ADEVIRP e Barão de Mauá (foto: Cleiton Carvalho - YAS)

Do início ao presente

Pensando em todas as possibilidades que poderiam existir para trabalhar com os livros falados ou em braille, a rede de leitura inclusiva começou em 2013, passando por cidades de 5 regiões do Brasil, com o intuito de montar grupos de parceiros que trabalhassem com a leitura inclusiva. A partir dessa ideia a Rede Nacional de Leitura Inclusiva tem seu início.

Hoje o projeto já conta com cerca de 1000 parceiros e são 26 grupos atuantes, em todo o Brasil, com diversos trabalhos de leitura acessível, mas ainda trabalha com o fortalecimento de instituições e pessoas que recebam e deem continuidade no Despertando a Leitura.

No momento, o projeto começou a atingir cidades do interior, porque no início ele só chegava às capitais. Perla ainda conta que há grande expectativa em criar a rede de leitura inclusiva no município de Ribeirão Preto.

Resultados

Sobre os resultados, já apresentados durante o trabalho, Perla comenta que já foram promovidos dois encontros nacionais e que agora a meta é “impactar na produção de livros acessíveis em multi-formatos”.

“Tem vários outros públicos que também necessitam desse suporte... e ainda há escassez de material, mas por meio da rede é possível fazer intercâmbios e otimizar os materiais existentes”, concluí.

Texto: Priscilla Figueiredo

 

(fotos: Cleiton Carvalho - YAS)

#pracegover #pratodosverem

Galeria com 10 fotos apresenta vários momentos do treinamento de leitura acessível e também da roda de leitura com as crianças da Adevirp.  Algumas fotos do treinamento são posadas e outras todos estão sentados e com os olhos vendados. Já na roda de leitura, algumas crianças aparecem com os livro da Turma da Mônica nas mãos.

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